segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Estudo mostra importância da Libras para a capacidade cognitiva de surdos

No estudo a autora defende a Libras como a língua que pode dar aos surdos todas as possibilidades cognitivas proporcionais pela linguagem. Na dissertação, ela se apoia em uma abordagem sócio-histórico-cultural que entende que as funções cognitivas não estão localizadas em estreitas e circunscritas áreas do cérebro, mas ocorrem por meio da participação de grupos de estruturas cerebrais operando em conjunto, de forma interdependente, dinâmica, plástica e produto de evolução sócio histórica e da experiência cultural dos sujeitos. Apesar de serem funções distintas, a pesquisadora julga importante considerar esses sistemas como interconectados. "Entendendo o cérebro e a linguagem pela perspectiva da neolinguística, consideramos as funções mentais superiores, entre elas a linguagem, como construídas ao mesmo tempo em que constituem o sujeito nas relações sócio históricas", pontua.

Além da legitimação da cultura surda, a utilização da Libras, que dá voz a esta cultura, possibilita o entendimento de suas necessidades, anseios e expectativas podendo sim, facilitar o atendimento a essas necessidades, sendo a forma mais expressiva de exercício da cidadania. 

Dessa forma, pode-se concluir que a utilização da linguagem brasileira de sinais deve ser cada vez mais popularizada e incentivada, não apenas nas instituições escolares, como também na sociedade em geral, colaborando para a melhoria da qualidade de vida dos surdos, desprezando perspectivas meramente filantrópicas, mas sim como uma forma de assegurar os direitos como cidadão e o respeito às diferenças.


Leia o estudo: http://www.todosnos.unicamp.br:8080/lab/estudo-mostra-importancia-da-libras-para-a-capacidade-cognitiva-de-surdos


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